As últimas braçadas antes da seletiva olímpica

Reta final, companheiros. Mogi Mirim está em um mês decisivo para a sua história esportiva. O nadador Conrado Coradi Lino tem pela frente uma disputa que pode torná-lo o primeiro atleta da cidade a competir em uma edição dos Jogos Olímpicos de Verão. A seletiva nacional está marcada para 19 a 24 de abril, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro.

Este será o torneio que definirá os representantes da natação brasileira na Olimpíada de Tóquio, no Japão. Ela será limitada a somente 120 atletas que tenham alcançado o chamado índice “B” da Federação Internacional de Natação (Fina). Os critérios mais restritos por parte da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) foi justificada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil.

Rotina

Vamos então acompanhar a rotina de Conrado nestas semanas fundamentais. Em resumo, antes de entrar nesta antepenúltima semana antes da seletiva, podemos dizer que o nadador está refém de ir de um lado para o outro na piscina. É treino, treino e treino! E detalhes importantes que integram o treino, mesmo que nós, leigos, não imaginamos.

“Então, foram meses de treino que eu cheguei a dormir 10 horas de noite, mais uma hora e meia tarde”. Sim, o sono é fundamental. Está dentro de um quadrilátero imprescindível a todo atleta, também composto por psicológico, nutrição e, claro, treino.

“Nessas últimas semanas eu tenho treinado muito. Eu estou treinando dois períodos, tenho tido 14 treinos semanais, 15 treinos semanais”, relevou o postulante a uma vaga olímpica. São 10 treinos na água e cinco treinos de preparação física.

“Então, eu treinei muito, me dediquei muito, me preparei muito e se tudo correr bem, se tudo correr como esperado, como planejado, no mínimo a gente vai ter uma melhora de tempo, e uma melhora de resultado vai nos dar uma chance de estar realmente brigando para estar na Olímpiada”.

CURIOSIDADE

Os atletas poderão disputar a seletiva apenas com resultado negativo no teste da covid-19. Nadadores com exames positivos e que não possam participar do evento terão, mais adiante, possibilidade de uma “repescagem”. Segundo o diretor de Natação da CBDA, Eduardo Fischer, a nova tomada de tempo, caso necessária, deve ocorrer cerca de 40 dias antes da Olimpíada, novamente no Maria Lenk.